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A TI trabalha sim! E muito! (parte 1)

Se fosse possível, ou melhor, necessário fazer uma comparação entre a atuação de um profissional ou de uma equipe de TI dentro das empresas, ou mesmo no mercado, creio que o mais correto seria comparar a atuação de um profissional de TI ao goleiro de um time de futebol. Não importa quantas defesas ocorram durante uma partida, um goleiro simplesmente não deve, não pode levar um gol. Em caso deste ocorrer, a culpa atribuída pela torcida é do goleiro. Não importa se o time permitiu que a bola chegasse até lá, se o técnico fez substituições que deixaram a zaga mais aberta. Estes detalhes técnicos passam completamente despercebidos pela grande massa, que simplesmente não aceita que o goleiro tenha levado um gol.

Caso o time esteja bem preparado, e o goleiro precise fazer poucas defesas (e o faz bem), diz-se que o mesmo não teve trabalho nenhum naquela partida. Ou seja, as semanas de treinamento e preparação física não são trabalho, mas apenas aqueles 90 minutos.

Porém, este mesmo personagem, quando se trata da defesa de uma penalidade máxima, percebe seu papel totalmente invertido. A maioria dos torcedores não espera que o goleiro consiga pegar um pênalti (aliás, a maioria nem acredita, na verdade). No entanto, ao defender uma cobrança com este grau de dificuldade, com esta evidência, o goleiro passa a ser o herói do jogo (desde que não leve mais gols pra não estragar, ok?).

A área de TI, que (infelizmente) não opera com os mesmos valores salariais dos jogadores de futebol, acaba vivendo uma realidade muito similar à dos goleiros: enquanto tudo está funcionando, não há problemas. Enquanto tudo está funcionando, na verdade, a TI é vista como uma área que trabalha pouco (quando trabalha).

Caso haja algum problema, a culpa é de quem? Adivinhou! A famigerada equipe de TI! “Bem que eu notei que eles não fazem muita coisa mesmo…Só podia dar nisso. Agora não consigo trabalhar”. Serviço interrompido, problemas na energia elétrica, até mesmo a manutenção externa por parte do provedor de internet tornam-se problemas gerados pela equipe de TI.

E, finalmente, no evento de uma grande pane, uma grande perda de dados, onde é preciso o conhecimento da equipe de TI para fazer algum milagre ou mágica, aí nossos personagens são vistos como heróis: conseguiram salvar o dia, restaurando aquele banco de dados! (só não me derrubem a internet de novo, por favor!).

Este exemplo um tanto esdrúxulo mostra um pouco da realidade da maioria das equipes de TI contratadas ou terceirizadas. São poucas as equipes que conseguem realmente alinhar os objetivos de negócio da empresa com os recursos de apoio de tecnologia, deixando claro a importância desta estrutura e principalmente entregando resultados, conseguindo apresentar o que a TI realmente faz pelos negócios da empresa.
Por isso, procurarei reunir neste blog uma série de perguntas e a devida resposta para cada uma delas. Buscando utilizar uma linguagem bem acessível, e recorrendo a glossários quando não há outra saída, meu objetivo é levar estas informações aos dois lados desta realidade: ajudar a equipe de TI a “vender seu peixe”, a trabalhar corretamente o marketing de suas atividades para seus clientes (sejam os usuários de sua empresa ou da empresa aos quais são terceirizados), e também ajudar os empresários a entender “o que a equipe de TI realmente faz aqui na empresa”. Com isso, espero aproximar estes dois lados e mostrar que na verdade não existem lados diferentes: ambos, empresários e equipes de TI, têm o mesmo objetivo, que é a prosperidade dos negócios da empresa.